Indicaletter #8: Bossa Nova em Notting Hill
O novíssimo patrimônio imaterial do Rio se encontra com a novíssima melhor comédia romântica de 1999 aqui (e só aqui mesmo)
Alô, alô…tem alguém aí? Nossa, quanta poeira! Olha, aquilo ali é uma teia de aranha? É, faz tempo que não venho aqui, culpa de mercúrio retrógrado (confia). Pra compensar a ausência, chego com novidades que aos poucos vou contando. De malas prontas pra ficar, tá? De volta ao aconchego, com energia de sobra guardada nessas férias da news.
Conto com vocês, como sempre! Boa leitura.
Tardou, mas não falhou. A partir desta semana, a Bossa Nova está oficialmente declarada Patrimônio Histórico e Cultural Imaterial do Rio de Janeiro. Nada mais justo. Afinal, esse foi o movimento que expandiu a imagem da cidade por todo o mundo, popularizando a praia, com claro, ela: a Garota de Ipanema.
Mas isso não é tudo. Por trás de Tom Jobim, Vinícius de Moraes e João Gilberto, seus maiores expoentes, tem muito mais gente pelos banquinhos e violões Zona Sul afora. Por exemplo, Sylvia Telles. Sabe quem foi ela? A primeira cantora do movimento, e indiretamente responsável por seu nome. Isso porque, uma vez, ao fazer um show despretensioso acompanhada da turma de Roberto Menescal, o responsável pela divulgação sabia os nomes dos integrantes que estavam acompanhando Sylvia, pondo no cartaz: “Hoje: Silvinha Telles e um grupo Bossa Nova”. Estava feito.
Essa história e outras tão contadas no documentário “Coisa Mais Linda” (não confundir com a linda série da Netflix, hein), que você pode ver aqui embaixo. Muito bom! 👇
Qual seu filme preferido? Por favor, me conta nos comentários (parece coisa de influencer, né, que engraçado). O meu é, sem dúvida nenhuma, Um Lugar Chamado Notting Hill, que nessa semana foi eleito pelo The New York Times como a melhor comédia romântica de 1999. Não seria um pouco tarde pra eleger o melhor de 1999? Isso a gente abstrai, porque o que esse filme tem, ah…como esquecer a cena do jardim — sim, aquela que eles pulam o muro? Julia Roberts e Hugh Grant simplesmente icônicos nos seus papéis de Anna Scott, uma famosa atriz americana, e William Thacker, um dono de livraria inglês. A trama se desenrola quando eles se conhecem e se apaixonam. Nada mais clichê, nada mais bonito. Sim, eu sou cafona. 🤦🏻♂️
Falando nisso, aí vai uma curiosidade: pra quem não sabe, Notting Hill é um bairro de Londres, capital do Reino Unido, e que ficou mais badalado ainda depois do lançamento e sucesso do filme. E não é que tem uma lojinha fake? Minto, fake fake não é, porque vende realmente souvenirs da obra, mas tem lá os dizeres “The Travel Bookshop”, quando a real “The Travel Bookshop” fica perto dali. Se você for algum dia pra lá, fica ligado, hein?!
Além das cenas, a trilha sonora desse filme…não dá, não tem páreo. Bill Withers com “Ain’t No Sunshine” naquela cena gênia da passagem de tempo pelas estações do ano e duplamente “She”, primeiro numa versão do Charles Aznavour; depois outra, na voz de Elvis Costello.
Vejam. Apenas vejam. Tá no Disney+.
Não consigo dizer apenas um filme preferido. Mas tenho alguns que nunca me canso de assistir, como E.T. - O Extraterrestre, De repente 30, Esposa de Mentirinha, Enrolados, Muito Bem Acompanhada